Wednesday, November 21, 2007

poema sujo

Conversas de sarjeta
Ria de meus versos
embebeda-me de verbos

escreva tua letra em meu compasso
tua lingua em meu lábios

suja de carvão, giz pastel
luz e sombra no preto do papel

Volte até as canções repetidas
em vinil arranhado
da vitrola dos esquecidos
"Confesso que vivi"

Não foi um dia de cada vez
e nem um pouco a cada segundo
alguns momentos vivi mais
em outros morri por instantes

Alegoria da alegria

Acredito em deus
mas tenho fé nos meus
nos meninos que dedilham
nas meninas que cantarolam

anjo esquecido, poesia torta

tenho saudade da vida
confesso que não me arrependo
mas são só vinte e poucos
ainda tenho tempo

vícios volúveis

E hoje pela manhã
não abri os olhos
não que eu tivesse sono
simplesmente não podia deixar de sonhar...

viver, acreditar, sonhar

verbos infinitivos, furtivos, infinitos...